MELHOR ESCALAÇÃO 0717
No final do primeiro mês do segundo semestre, o time já deve ter uma cara. Se o técnico entender de futebol e tiver ambição competitiva, ele terá trabalhado para construir uma escalação que os torcedores reconheçam, aquela que fica na ponta da língua e na história. A situação do Bahia é um pouco diferente, porque não manteve o técnico do início da temporada.
Guto Ferreira iniciou a temporada preocupado em formar um time. E fez isso. Manteve escalação e estilo de jogo, arrumou de trás pra frente, com paciência e mostrou-se inteligente. O time demorou a dar certo, mas quando atingiu o melhor nível de entrosamento, voou. Defesa sólida, bom toque de bola, transição rápida para o ataque. Só havia um problema no time de Guto Ferreira: o baixo aproveitamento das chances de gol. Jean, Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca, Armero; Edson, Renê Junior; Régis, Allione, Zé Rafael; Edigar Junior. Essa foi a escalação que caiu no colo de Guto e que empolgou a torcida na reta final do campeonato baiano, nordestino e no início do brasileiro.
Jorginho substituiu Guto Ferreira, que foi contratado pelo Internacional-RS. Chegou como a opção que melhor se adaptaria ao estilo de Guto Ferreira. O Bahia manteve o bom desempenho, até Jorginho começar a tentar mudar as coisas. O time perdeu intensidade, velocidade, movimentação. Atualmente, o Bahia tem uma posse de bola improdutiva, toca muito pra o lado e não cria mais tantas oportunidades quanto antes. Jorginho quer saída de bola curta, de pé em pé, começando pelo zagueiro. Quer garantir uma defesa sólida para deixar os atacantes mais adiantados e escala Matheus Sales para guardar mais a posição. Agora o Bahia precisa de um tempo pra se adaptar às mudanças.
Um técnico que pega o bonde andando e um time arrumado não pode fazer muitas mudanças imediatas. Tem que treinar pra manter o que já existe e ir corrigindo aos poucos as falhas. Jorginho deveria ter trabalhado as finalizações apenas e mantido o trabalho de entrosamento feito por Guto. Ele optou pelo recomeço. Tomara que o Bahia tenha tempo para entrosar novamente o time.
O time ideal, atualmente, é Jean, Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca, Armero; Renê Junior, Edson (Juninho); Allione, Zé Rafael, Régis; Rodrigão. Essa escalação mantém a estrutura que Guto Ferreira entrosou. Marcação alta, intensidade, transição rápida, e colaboração geral entre defesa e ataque. Em 2017, o Bahia demorou, mas aprendeu a jogar assim e é assim que tem que ser.
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